São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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Patrimônio de fundos encolhe R$ 2 bilhões
ELVIRA LOBATO
No dia 22 (quarta-feira passada), o patrimônio líquido dos fundos valia cerca de R$ 18 bilhões. Na segunda-feira, dia da pior queda, valia cerca de R$ 16 bilhões, segundo informação do diretor da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), Orestes Prado. Apesar da grande queda nas cotações, os fundos, segundo ele, sofreram saques "insignificantes". No dia 27, as ordens de saque superaram os depósitos em R$ 26 milhões. O que explica essa aparente frieza do investidor? Segundo Orestes Prado, os investidores dos fundos são, em sua maioria, executivos e têm a percepção de que sair do mercado, nesse momento, só iria agravar a queda das Bolsas e, portanto, aumentar seu prejuízo potencial. O diretor da Anbid diz que a desvalorização da carteira dos fundos significa um prejuízo potencial, mas não material. Esse só se torna efetivo se os investidores saírem do mercado durante a baixa. Ele diz acreditar que as ações podem ter uma certa recuperação nos preços, mas que tão cedo não retornarão aos níveis registrados até 22 de outubro. Na avaliação do diretor, depois da crise nas Bolsas asiáticas, os mercados dos países em desenvolvimento terão um novo patamar de preços, menor do que o anterior. Prado diz que, mesmo com a queda atual, os fundos de ações estão com alta de 40% no ano. Texto Anterior: Prejuízos provocam curto-circuito no crédito Próximo Texto: FHC nega quebra de instituições Índice |
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