São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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Delegado quer 'ficha' de torcida na Copa
ADELSON BARBOSA
Essa, pelo menos, é a intenção de Antonio Flávio Toscano Moura, 48, superintendente da PF da Paraíba, que coordenará a segurança da seleção em trabalho conjunto com as autoridades francesas. Ele foi escolhido pela PF por ser um dos poucos delegados federais do país a falar francês fluentemente -aprendeu o idioma na juventude, quando foi seminarista. Moura coordenou um grupo de sete policiais na segurança da seleção durante o Torneio da França, em maio, quando manteve contato com a polícia local. Segundo ele, os franceses garantirão a segurança da seleção com orientação da PF. "Não vamos permitir muita liberdade aos jogadores, nem aos integrantes da comissão técnica", disse. Afirmou ainda que a liberdade da seleção e dos torcedores brasileiros "será vigiada". "Vamos vigiá-los para protegê-los de possíveis atentados", disse. O superintendente da PF paraibana disse que a polícia francesa recomendou que se faça um "perfil psicológico" dos torcedores brasileiros que assistirão aos jogos do Mundial. Segundo ele, o perfil será feito a partir do preenchimento de um formulário pelos torcedores que forem adquirir ingressos nas agências de viagens brasileiras. Ao adquirir um ingresso, o torcedor terá que fornecer dados pessoais e dizer se é filiado a torcidas organizadas. E, a partir desses dados, Moura diz que irá checar criminalmente a vida dos torcedores. Texto Anterior: Delegado aprendeu francês para ser padre Próximo Texto: Itália escapa do congelamento na Rússia pelas eliminatórias Índice |
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