São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997 |
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CBF gasta US$ 1,1 milhão só em hotel SÉRGIO RANGEL e MÁRIO MAGALHÃES SÉRGIO RANGEL; MÁRIO MAGALHÃES
A seleção brasileira de futebol ficará hospedada durante a Copa no Château de Grande Romaine, um hotel localizado no município de Lesigny (pronuncia-se "lesinhi", com tonicidade na última sílaba), 25 minutos de carro a sudeste de Paris. O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, anunciou ontem o esquema operacional da seleção no Mundial da França. Ele disse que a entidade pagará US$ 1,133 milhão para ocupar com exclusividade o hotel, entre 22 de maio e 14 de julho do ano que vem. A delegação embarcará no Rio no dia 21 de maio, num DC-10 da Varig. No interior da França, viajará num Boeing 737 da empresa brasileira, nos mesmos moldes da Copa de 94, nos EUA. O campo de treinamento será o Estádio Municipal dos Três Pinheiros, na cidade de Ozoir-la-Ferrière, a cinco minutos de ônibus do hotel da seleção. Lesigny é uma cidade com 15 mil pessoas, mas com concentração urbana de 5.000. A definição do local onde a equipe ficará foi marcada por mistérios. Na sexta-feira, em segredo, embarcaram para a França o secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, e o supervisor da seleção, Américo Faria. Lá, assinaram o contrato com o Château de Grande Romaine, que também estava sendo disputado pelas confederações da Alemanha e do México. Parte do prédio, um restaurante, foi construída no começo do século. O resto é mais recente, inclusive os 88 quartos. O terreno total é de 30 hectares, com campo de golfe, quadras de tênis, piscina e outros serviços. A Prefeitura de Lesigny vai oferecer várias facilidades ao time, como ajuda na segurança. A seleção de Zagallo estréia na Copa no dia 10 de junho, contra adversário ainda não definido. A final será em 12 de julho, domingo. Se o time for campeão, pode voltar para o Brasil no mesmo dia ou na segunda-feira. Não haverá preparação em Teresópolis, onde fica o centro de treinamento da CBF, na região serrana do Estado do Rio. "Não vamos cometer o mesmo erro da Olimpíada de 96, quando treinamos no frio da serra e jogamos no calor. Os treinos serão todos na França", afirmou Ricardo Teixeira. Ele aproveitou ainda para negar interesse político na escolha de Brasília como local do jogo do dia 11, contra o País de Gales. "A casa da CBF em Brasília já anda cheia, sem necessidade de levar a seleção para a cidade", afirmou. A casa é o centro de operações da entidade para combater o projeto Pelé. Texto Anterior: Clubes negam favorecimento da Receita Próximo Texto: Missão secreta assegura lugar Índice |
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