São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Roda-gigante domina 2º ato

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Enquanto no primeiro ato os bailarinos procuram ocupar o espaço, a meta, na segunda parte de "Rota", é explorar as dimensões espaciais do palco por diferentes planos.
O piso branco da primeira parte, que reproduz a geometria de um molde de corte e costura, dá lugar, no segundo ato, ao cenário ocupado pela roda-gigante metálica.
Em "Gravidade", no segundo ato, a trilha sonora exalta novamente o pop, incluindo até mesmo o tema central do filme "O Poderoso Chefão".
"O elenco busca o equilíbrio dentro do desequilíbrio, inspirando-se nas condições dos astronautas sem o efeito da gravidade. Os movimentos são lentos, como se o corpo estivesse flutuando no espaço sideral", explica Colker.
Encerrando o espetáculo, o movimento seguinte, denominado "Rota", mostra finalmente os bailarinos suspensos na roda-gigante, ao som de uma colagem que termina com uma valsa famosa: "Contos dos Bosques de Viena", de Johann Strauss.
"Conceitos da dança contemporânea, como geometria, volume, dinâmica, peso e equilíbrio, estão contidos na roda, que exige força e conhecimento físico dos bailarinos, senão ela os joga para fora."
Segundo Colker, "Roda" cria imagens em movimento, desenvolvidas em ritmo cinematográfico. "Se em 'Velox' trabalhei pensando em energia, vibração e força, em 'Rota' me deixei conduzir por conceitos como leveza, fluxo, dinâmica. Com isso, acrescentei novo tipo de fluência aos movimentos."
(AFP)

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