São Paulo, quinta-feira, 30 de outubro de 1997
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Bancos suíços divulgam nova lista de 14 mil contas inativas

Comunidade judaica diz que relação deveria ser maior

ROGÉRIO SIMÕES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação de Banqueiros Suíços publicou ontem nova lista com 14.562 titulares de contas inativas abertas antes de 9 de maio de 1945 -data do fim da Segunda Guerra Mundial na Europa.
Segundo a agência "Efe", a lista reúne nomes de 25 latino-americanos, entre eles três brasileiros: Lecina de Albuquerque (Recife), Elías Dickstein (São Paulo) e Walter Fullemann (Maceió).
A divulgação é uma reação dos banqueiros suíços às pressões, principalmente da comunidade judaica, contra a manutenção do sigilo bancário de contas que seriam de vítimas do holocausto.
Em julho, uma primeira relação já havia sido divulgada.
A lista de ontem foi dividida em duas, uma com nomes de cidadãos suíços e outra com a identidade de estrangeiros. A primeira, com 10.875 nomes, responde por um total de US$ 8,3 milhões, e a segunda, com 3.687 nomes, reúne contas no valor de US$ 4,4 milhões.
A porta-voz da Associação de Banqueiros Suíços, Sylvia Matile, disse que a maioria dos nomes apresentados ontem não deve ser de vítimas do holocausto.
A divulgação das listas tem dividido a comunidade judaica.
Enquanto o secretário-geral da Federação Suíça de Comunidades Israelitas, Martin Rosenfeld, elogiou o trabalho dos bancos de seu país, a representação de Nova York do Congresso Mundial Judaico denunciou que cerca de 64 mil nomes não foram divulgados. O rabino Henry Sobel disse que os brasileiros na lista de ontem deveria ter sido de ao menos cem.

Com agências internacionais

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