São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997
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Governistas iniciam ofensiva por reforma

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso começou ontem a ofensiva na Câmara para tentar aprovar a emenda de reforma administrativa. Em acerto com FHC, o líder do PSDB, Aécio Neves (MG), ocupou a tribuna para tentar assustar a oposição.
A pedido de FHC, Aécio afirmou que a estabilidade do Brasil, depois da crise provocada pela queda das Bolsas de Valores, depende da aprovação das reformas.
"O Brasil precisa dar sinais claros à comunidade internacional de que está cumprindo um calendário de reformas. Sinalizar ao mundo que o Brasil resistiu a esse baque e continua firme no propósito de reformas", disse Aécio.
Para tentar convencer os deputados, o governo vai usar o argumento de que, no momento, a situação econômica brasileira não é alarmante, mas não há como prever o futuro da crise internacional provocada pela queda das bolsas.
Na próxima terça-feira, FHC vai reunir os líderes dos partidos aliados -PFL, PMDB, PSDB, PPB e PTB- para fazer o primeiro levantamento de votos. O argumento de uma situação internacional grave também será usado.
Na reunião, os líderes vão pedir uma solução para a questão da liberação dos recursos destinados pelos parlamentares, por meio de emendas ao Orçamento, aos municípios. O dinheiro foi liberado com cortes, provocando uma rebelião na base do governo.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), pode adiar em uma semana a votação da emenda, inicialmente marcada para o próximo dia 12, se for preciso dar tempo para a base governista conseguir os votos necessários para a aprovação da emenda -308 votos necessários para a aprovação da emenda.

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