São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
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Sequestradores são presos em shopping
OTÁVIO CABRAL
Cerca de oito horas depois, eles foram presos no shopping center Morumbi (zona sudoeste de SP), quando faziam compras utilizando cheques de Deeke. O administrador ficou amarrado em uma creche em construção em Osasco (Grande SP), de onde conseguiu fugir antes da chegada da polícia. O sequestro Segundo a polícia, Deeke foi dominado quando estacionava seu Santana para ir ao banco. Armados, o desempregado Hilton Castilho, 22, e o vendedor de seguros Robson Lima Braga, 25, o colocaram no banco de trás. Em uma rua deserta próximo à marginal do Tietê, os dois ataram os pés e as mãos de Deeke e o colocaram no porta-malas do Santana. No cativeiro, os dois obrigaram Deeke a revelar as senhas de quatro cartões bancários e um cartão de crédito. Então, ele foi colocado em uma cama, sendo vigiado pelo adolescente T.E.W.S., 16. Os dois acusados saíram com o carro, sacaram R$ 500 e um talão de cheques em um caixa eletrônico do Itaú em Alphaville (Grande SP) e foram ao shopping Morumbi. A prisão Na loja TNG, eles compraram R$ 2.880 em roupas e pagaram com dois cheques de Deeke. A gerente da loja, Camila de Moraes Castro, 27, desconfiou dos dois e chamou a segurança do shopping, que os encontrou no estacionamento. Segundo o segurança Helbert dos Santos, eles se contradisseram ao tentar explicar a origem dos cheques e acabaram confessando o sequestro e o roubo dos cheques e do carro do administrador. Santos os levou ao 11º DP (Santo Amaro). A fuga O administrador ficou cerca de seis horas amarrado em uma cama na creche, ao lado do adolescente T.E.W.S., 16, com uma pistola apontada para sua cabeça. Mas, por volta das 21h, o adolescente foi chamado por amigos para jogar futebol na rua e deixou o administrador sozinho, confiando que ele não iria fugir. Deeke aproveitou o descuido dos sequestradores, conseguiu desatar as fitas que prendiam suas mãos e desamarrar seus pés. Em seguida, ele pulou por uma janela nos fundos e fugiu correndo do cativeiro. Na praça dos Artistas, no centro de Osasco, ele pegou um táxi e foi ao 1º DP de Osasco dar queixa do sequestro e apontar onde ficava a creche, no Jardim Cipava. Texto Anterior: Pastoral carcerária de SP envia dossiês sobre Carandiru à OEA Próximo Texto: Acusados confessam Índice |
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