São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997
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Pastoral carcerária de SP envia dossiês sobre Carandiru à OEA

Documentos relatam situação precária dos presos

DA REPORTAGEM LOCAL

A pastoral carcerária da Arquidiocese de São Paulo encaminhou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos), com sede em Washington, dois dossiês detalhando as condições precárias dos presos do complexo penitenciário do Carandiru.
Segundo o padre Francisco Reardon, coordenador da pastoral, o objetivo da divulgação dos dossiês é tentar obter apoio "na defesa da cidadania e contra os abusos dos direitos fundamentais" dos presos. De acordo com ele, a situação dos detentos do Carandiru leva a crer que "São Paulo está violando todos os direitos internacionais de tratamento dos presos".
Os dossiês encaminhados à comissão da OEA descrevem denúncias já feitas anteriormente sobre a condição dos presos paraplégicos da penitenciária do Estado, a falta de assistência médica adequada aos detentos e sobre casos de espancamentos e torturas sofridos por presos reclusos nas celas de seguro, conhecidas como "masmorra do pavilhão 4".
Com o encaminhamento dos dossiês, Reardon espera que a OEA cobre medidas das autoridades governamentais brasileiras.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária, estão sendo construídas nove unidades para abrigar os detentos do complexo do Carandiru. O secretário João Benedicto de Azevedo Marques não foi encontrado até as 19h para falar sobre o assunto.

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