São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
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Moody's diz que país não foi rebaixado Agência classifica risco de bancos e países DA REPORTAGEM LOCAL A Moody's Investors Service, uma das principais agências classificadoras de risco de crédito do mundo, negou ontem boatos de que teria rebaixado o "rating" do Brasil.Rumores nesse sentido fizeram o mercado acionário recuar um pouco ontem. O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Demósthenes Madureira Pinho Neto, imediatamente telefonou para o diretor da Moody's nos Estados Unidos, Greg Bauer, que negou os boatos. Cristiane Aguiar, representante da Moody's no Brasil, diz que, nas últimas semanas, não foi feita nenhuma avaliação quanto à situação do sistema financeiro brasileiro. Ela assegurou que o Brasil encontra-se estabilizado no nível "Baa", do rating da Moody's. Segundo ela, "essa colocação já prevê, até certo ponto, uma volatividade do mercado". O fato de estar no nível "Baa" indica que "o Brasil já possui certa vulnerabilidade em relação à crise como a ocorrida com a Bolsa de Valores mundo afora", diz ela. Outra agência classificadora de riscos que citou o Brasil foi a Standard & Poor's (S&P). Segundo Lacey Gallagher, analista de riscos da S&P, o nível de riscos no Brasil suporta ajustes na política cambial. Atualmente, o Brasil está classificado com "Bbb" no rating da empresa. O país, assim como na classificação da Moody's, também está suscetível às especulações do mercado financeiro. Isso ocorre devido ao déficit público e a necessidade de reformas constitucionais. A analista afirma que o país seria um forte candidato a ser a "próxima vítima" de uma crise semelhante à da Ásia. Mas as reservas brasileiras -em torno de US$ 60 bilhões- e os ajustes na banda cambial impedem que isso ocorra. Texto Anterior: Analistas dos Estados Unidos temem que Brasil seja o próximo país a entrar em crise Próximo Texto: Seguradoras pedem Dpvat 60% mais caro Índice |
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