São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 1997 |
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Falha renal atrapalha teste de Down em feto
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA REPORTAGEM LOCAL Mulheres grávidas que têm insuficiência renal ou que sofreram transplante de rim podem apresentar resultados falsos-positivos no exame clínico que indica o risco de seu bebê ser portador da síndrome de Down, segundo estudo publicado na edição de hoje da revista médica "The Lancet".A síndrome de Down é uma anormalidade genética que afeta em média um em cada 700 bebês. Em geral, o portador da síndrome apresenta rosto achatado, estrabismo, mãos curtas e largas e pálpebras com pregas características, que lembram etnias orientais. Suas principais consequências são problemas cardíacos, retardo mental e de crescimento. O grupo do pesquisador Vincent Cararach, do Hospital Clínico Universitário de Barcelona, na Espanha, realizou o teste que indica o risco da doença em 12 mulheres grávidas que tinham sofrido transplantes de rim e 12 mulheres grávidas sem problemas renais. Um outro exame que determina a doença, feito com o líquido amniótico (da bolsa d'água), foi realizado em seguida. O resultado falso-positivo foi detectado em oito mulheres do primeiro grupo e em duas do segundo. Segundo Cararach, os resultados falsos-positivos parecem ser causados pelo elevado nível de uma proteína encontrada no sangue das pacientes, a gonadotrofina coriônica humana beta. As concentrações dessa proteína são estudadas para se determinar o risco da síndrome de Down. O teste é feito entre a 16ª e a 22ª semana de gravidez a partir de uma amostra de sangue da grávida. "O exame mostra apenas o risco de a mulher ter um filho com síndrome de Down", explica Denise Pedreira especialista em Medicina Fetal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Texto Anterior: Jiang enfrenta boicote em Nova York Índice |
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