São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997 |
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'Prêmio por esforço' motiva São Paulo
ARNALDO RIBEIRO
Sem aspirações no Brasileiro, o time joga motivado pelos prêmios extras que a diretoria vem oferecendo pelas últimas vitórias. O bicho (gratificação por vitória), estipulado em R$ 1.500 para cada atleta, saltou para R$ 3.000 após a goleada de 7 a 1 sobre o União São João, domingo passado. A vitória de 4 a 1 sobre o Olímpia rendeu R$ 2.000 para cada jogador, e a diretoria promete mais. "Eu costumo premiar o esforço dos jogadores. Fiz isso também em 1970, quando comandava o departamento de futebol", disse Manoel Poço, diretor do São Paulo. O dirigente acena agora com premiações individuais. "Na década de 70, eu pagava prêmio para cada gol que o Toninho Guerreiro marcava. Posso voltar a fazer isso." No caso, o beneficiado seria o atacante Dodô, vice-artilheiro do Brasileiro, com 17 gols. "Se vier dinheiro, melhor ainda. Eu já faço gols sem receber nada", afirmou Dodô. Apesar do estímulo aos jogadores, o técnico Dario Pereyra prevê o time jogando em clima de treino. A prioridade do clube é a conquista da Supercopa, e Dario só não poupou seus principais jogadores "para a equipe não perder o ritmo de jogo". Segundo ele, atletas como Gallo, Serginho, França e Silas "precisam de jogo". Outros, como Zé Carlos, Edmílson, Alexandre e Marcelinho devem manter suas performances. Dario cogita poupar durante o jogo apenas o atacante Dodô e o zagueiro Bordon. O técnico vem procurando estimular os reservas. "Disse para o França se dedicar mais nos treinamentos e para o Reinaldo soltar mais a bola quando entrar." Os desfalques hoje são o meia Denílson, que viajou para a Espanha, onde faz exames médicos no Betis, o atacante Aristizábal, suspenso, e o zagueiro Márcio Santos, com uma contusão no tornozelo. Marcelinho x Denílson O técnico já não lamenta tanto as ausências de Denílson, que, por motivos diversos, não teve uma sequência de jogos no time desde que foi negociado com o Betis, da Espanha. Marcelinho, eleito substituto de Denílson quando o titular não pode atuar, apresenta rendimento melhor que o meia da seleção. No Brasileiro, Marcelinho marcou três gols. Denílson apenas um. Na Supercopa, cada um fez um gol. Quando Denílson iniciou as partidas como titular do time, o São Paulo conquistou 41,02% dos pontos no Brasileiro. Marcelinho tem uma média melhor: 48,15% de aproveitamento. Na Supercopa, a diferença entre eles é brutal. Denílson ganhou 41,6% dos pontos disputados, e Marcelinho, 100%. Segundo o Datafolha, Marcelinho passa melhor que o titular (71,1% de aproveitamento, contra 66,9%), perde menos bolas por jogo (3,5 contra 9,6) e finaliza mais (1,6 contra 1,3). Dario teme os chutes do zagueiro Gito, que já marcou nove gols no Brasileiro (seis de falta e três de pênalti). Texto Anterior: No Rio de Janeiro (RJ) Próximo Texto: América joga sem atacantes Índice |
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