São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Impasses são solucionados com humor

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Entre a cama dos sonhos e a escrivaninha com o computador e os livros que usa para dar aulas, o professor Edelson Barbieri Finozzi, 31, escolheu a segunda opção.
"Se colocasse a cama que quero, não conseguiria abrir a porta do armário e seria obrigado a tirar a minha escrivaninha do quarto."
Por esse motivo, desde que comprou seu apartamento de 35,5 m2, na Bela Vista (zona central de São Paulo), há dois anos, Finozzi dorme em um colchão no chão. Ele decidiu comprar o imóvel, já pronto, para fugir do aluguel.
"Mesmo buscando um imóvel mais barato, fiz questão de procurar um que oferecesse conforto e boa localização. Não quis sair comprando qualquer coisa."
Os impasses foram aparecendo e, aos poucos, estão sendo solucionados, com bom humor. "Como quero ter um apartamento gostoso, vou levando tudo com tranquilidade e paciência. Não adianta ficar aborrecido com esses probleminhas de espaço."
A geladeira e a porta da cozinha, por exemplo, não podem permanecer abertas ao mesmo tempo. "Meus amigos já sabem que, se alguém está usando a geladeira, ninguém pode entrar na cozinha."
Segundo Finozzi, é preciso fazer um cálculo matemático para mobiliar microapartamentos. "Tem de ter paciência e andar com uma trena no bolso."
Quando decidiu morar sozinho, o desenhista Rafael Ziegelmaier, 23, mudou-se para o apartamento da irmã, que estava desocupado. "Para não ter de gastar, aproveitei a chance. Mas, como o espaço é pequeno, continuo com um quarto na casa da minha mãe."
Ele precisou abrir mão do guarda-roupa para deixar a prancheta de desenho no quarto. "Improvisei e coloquei um cano no alto para pendurar roupas. Vou acertando tudo do meu jeito."

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