São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Apagador
Colega de Ruth Cardoso e polivalente no time do ministro Paulo Renato Souza, a antropóloga Eunice Durham (foto) está à beira de concluir tarefa das mais difíceis. Ela elabora o Plano Nacional de Educação, trabalho destinado a traçar metas realistas para o ensino nacional em todos os níveis -da educação infantil à universidade. O tempo é curto -até 23 de dezembro precisa estar pronto, como manda a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) -e os problemas são muitos. É preciso atacar a repetência escolar, formar professores que formem cidadãos, reformar o ensino médio e buscar o equilíbrio entre o público e o privado no ensino superior. Para chegar lá, busca consensos, rejeita fórmulas mágicas e lembra que as coisas não acontecem de uma hora para outra.
*
Qual quadro é mais negro?
A repetência.
Escola para todos é realidade?
Não é, mas pode ser.
A escola ideal é aquela que...
Prepara o aluno para ser um cidadão responsável.
Quem vai repetir de ano?
Aquele que não tem um professor interessado e qualificado.
O que anda precisando de um corretivo?
Quase tudo.
O que não pode faltar no currículo?
O domínio da linguagem escrita, a matemática, a orientação no tempo histórico e no espaço físico e social.
Que problema não tem solução?
Aqueles para os quais se exige uma solução imediata, simples e que satisfaça a todos.
Quem deve levar vermelho no boletim?
O professor que é incapaz de aprovar 90% dos alunos nas séries iniciais do ensino público.
Que livro faz a cabeça?
O que abre a cabeça.
O pior castigo é aquele que...
Faz o aluno se sentir incompetente e ignorante.

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