São Paulo, domingo, 2 de novembro de 1997
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Telefonema comunica derrocada

DA REDAÇÃO

O calendário marcava 7 de dezembro de 1991. O presidente russo e ex-comunista, Boris Ieltsin, se reunia numa casa de campo em Belarus com seus colegas bielo-russo, Stanislav Shushkevich, e ucraniano, Leonid Kravchuk. Tramavam o fim da União Soviética.
Em Moscou, o enfraquecido Mikhail Gorbatchov assistia à crise econômica que corroía o país. Sua sobrevivência no poder era perseguida pelo fantasma dos movimentos pró-democracia que varreram os regimes comunistas da Europa Oriental em 1989.
A Guerra Fria, competição entre Washington e Moscou, tinha se esvanecido. A antes poderosa União Soviética havia perdido o fôlego, tragado pela corrida armamentista e a ineficiência do sistema econômico. Gorbatchov promovia a abertura, mas lutava para manter vivo o Partido Comunista.
No domingo, 8 de dezembro, Shushkevich telefonou a Gorbatchov para comunicar-lhe o fim da URSS. No dia 25, o presidente soviético renunciou. Era a pá de cal no regime iniciado em 1917.
Estátuas de Lênin e Marx continuavam a ser destruídas. Em 1992, a Rússia começou ambiciosas reformas capitalistas e retirava de circulação as notas que traziam a efígie do fundador do primeiro Estado proletário do planeta.

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