São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Traficantes agem em florestas

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Os principais pontos de atuação dos traficantes de animais silvestres no Rio são florestas e terras consideradas de preservação pelos governos federal e estadual.
Tanto o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) quanto o Batalhão Florestal da PM (Polícia Militar) não policiam essas áreas de modo eficiente.
A atuação da PM é centralizada na repressão às feiras e em incursões esporádicas a regiões de florestas, como a reserva do Tinguá, que abrange áreas de cinco municípios nas proximidades do Rio.
Em áreas administradas pelo Ibama, como a Reserva Biológica de Poço das Antas, a PM age em apoio aos guardas florestais da União. Na reserva, a 120 km do Rio, trabalham sete guardas.
"Poço das Antas é um problema sério. Se aparece uma viatura do batalhão por lá, todo mundo fica sabendo na mesma hora. É um local de muitos acessos, até mesmo por barco", disse o tenente-coronel José Luiz Knoller.
Trabalham no Batalhão Florestal cerca de 300 policiais, divididos em quatro companhias: São Gonçalo (20 km do Rio), Nova Friburgo (região serrana, com dois postos), Campos (norte do Estado, com um posto) e Angra dos Reis (sul, com três postos).
A mais recente estatística do Batalhão Florestal revela que de 1º de janeiro até quarta-feira passada, foram apreendidos 1.884 animais, dos quais 1.813 pássaros. No ano passado, o batalhão apreendeu um total de 2.236 animais, sendo 2.164 pássaros. Knoller considera a captura de animais silvestres no Estado um "problema cultural".
"Existem grupos, principalmente no sul do Estado, que caçam por prazer, por esporte", afirmou Knoller. Outro lugar de atuação dos traficantes de animais é o Parque Estadual do Desengano, em terras das regiões norte e noroeste do Estado do Rio.
(ST)

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