São Paulo, segunda-feira, 3 de novembro de 1997
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Cidade tem passeios seculares e sagrados

AZENI PASSOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

É em El Arenal, antiga área do porto de Sevilha, às margens do Guadalquivir, que fica o hospital de la Caridad, onde estão quadros de Bartolomé Esteban Murillo e Juan de Valdés Leal, pintores barrocos de grande importância.
Já o museu de Belas Artes, que alguns consideram a segunda pinacoteca da Espanha, tem imenso acervo da escola sevilhana, representada pelos artistas Zubarán, Murillo e Valdés Leal.
Mas, no caleidoscópio de atrações da cidade, também há lugar para a arquitetura contemporânea do teatro de la Maestranza e o edifício da Previsión Española.
Cidade para todos os gostos
Durante a Expo 92, Sevilha revelou-se uma cidade moderna e dinâmica que conseguiu preservar seus monumentos e sua história.
E uma das facetas dessa "terra dos ciganos", como é conhecida a Andaluzia, é a das festividades que acontecem o ano inteiro.
Durante a primavera boreal, ocorre a Feira de Abril, de origem rural, com danças flamencas, corridas e concursos.
Na Semana Santa, as procissões tomam conta das ruas, com uma centena de confrarias -instituições que se encarregam de organizar as procissões- disputando a preparação das imagens cobertas de flores e velas.
Na Quinta-Feira Santa saem as confrarias mais conhecidas: Macarena (1h), Esperanza de Triana (3h), Jesús del Gran Poder (4h30). Ao amanhecer, saem as procissões do Calvário e dos Gitanos.
Interessados em imagens e monumentos religiosos devem visitar a basílica de Macarena, de 1949, edificada em estilo neobarroco por Gómez Millán para abrigar a imagem da Virgem da Esperança Macarena, a santa da devoção de muitos sevilhanos.
Quando essa santa sai em procissão, todos querem tocá-la, para receber sua bênção e, segundo se diz, quem entra na igreja de Macarena e, pela primeira vez, faz um pedido recebe uma graça.
Mas o passeio mais ecumênico por Sevilha passa mesmo é pelo parque de María Luisa. Com paisagismo impecável, o local herdou o nome da princesa que, em 1893, doou à cidade parte do terreno do palácio de San Telmo.

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