São Paulo, terça-feira, 4 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Educação é lembrada como razão estrutural

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DO RIO

Sucursal do Rio
. Ricardo Mansur, dono do Mappin: "Qualquer país é vulnerável. Temos é de mudar e ser um país de Primeiro Mundo."
. Eduardo Gianetti da Fonseca, economista: "O que torna o Brasil viável é a educação básica de qualidade para todas as crianças. Tudo o mais é conjuntural e efêmero quando crianças e jovens não são preparados para terem um potencial produtivo".
. José Augusto Marques, presidente da Abdib, Associação Brasileira da Indústria de Base e Infra-Estrutura: "O Brasil já é o país mais viável do mundo, pois possui a capacidade de transformar o potencial em realidade. É necessário investir na distribuição de renda".
. Paul Singer, professor de economia da USP: "É necessário tornar o Brasil menos dependente do fluxo de capitais externos, por meio do equilíbrio das contas externas e da desvalorização do real. É preciso redistribuir a renda incorporando ao mercado as parcelas marginalizadas da população".
. Rolim Amaro, dono da TAM: "É preciso reforçar a economia interna e manter a estabilidade. O Brasil precisa estimular os negócios internamente e preservar sempre a estabilidade do real. Só assim não estaremos vulneráveis".
. Luiz Gonzaga Beluzzo, economista, professor da Unicamp: "Por enquanto, nada. É preciso esperar passar a turbulência. Depois disso, a melhor medida seria acelerar as desvalorizações cambiais, talvez na ordem de 1% ao mês. Não se trata de uma medida maravilhosa, mas não há nenhuma opção melhor".
. Paulo Guilherme Monteiro Lobato Ribeiro, presidente do Banco Real: "O Brasil precisa administrar sua economia com eficiência. Acho que a principal vulnerabilidade do país é o problema fiscal. É preciso conseguir resolvê-lo".
. Abram Kasinski, ex-controlador da Cofap: "Se soubesse, estaria numa tenda, lendo o futuro. Na verdade, trata-se de uma situação mundial, que não pode ser limitada ao Brasil. A saída é mundial".
. Pacífico Paoli, ex-executivo da Fiat e do Mappin: "Não vai ser fácil. Acho que o câmbio, no nível em que se encontra, é uma bomba relógio e deixa o país muito vulnerável. É preciso acertar o câmbio".
. Antoninho Marmo Trevisan, sócio da Trevisan Consultores: "O principal é o equilíbrio orçamentário. É manter o Orçamento equilibrado, sem déficits. A geração de déficits torna o Brasil mais vulnerável a ataques especulativos".
. Joseph Couri, presidente do Simpi: "É preciso dar ao parque fabril brasileiro a igualdade de competir face ao restante do mundo. A Espanha tem uma legislação que garante essa igualdade para o seu parque fabril e o país não foi atingido pela crise das Bolsas".
. Luiz Hafers, presidente da Sociedade Rural Brasileira: "A alternativa é maior apoio aos produtos agrícolas de exportação. Eles são instrumentos mais seguros no balanço cambial".
. Maurílio Biagi, dono da Usina Santa Elisa: "Precisamos ter políticas compatíveis com os interesses nacionais. Nós fizemos a globalização ao contrário".

Texto Anterior: "Reformas deixariam o país menos vulnerável"
Próximo Texto: Para Galvêas, correção cambial deveria ser forte
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.