São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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Mercado espera com otimismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A privatização da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) está sendo aguardada com otimismo pelos analistas do mercado de capitais e por empresários.
A confirmação de que quatro consórcios depositaram a garantia exigida de 10% do preço mínimo (R$ 1,77 bilhão) para participar do leilão de hoje criou uma expectativa positiva em relação ao sucesso da venda da estatal paulista.
Esse foi um dos principais fatores, segundo analistas, para o desempenho positivo da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ontem. O principal índice da Bovespa encerrou o dia com uma alta de 4,01%.
Operadores do mercado atribuíram a alta à certeza do mercado de que o leilão da CPFL vai ser realizado, sinalizando a determinação do governo de cumprir o cronograma das privatizações, apesar das turbulências que afetaram os mercados de ações em todo o mundo na semana passada.
As ações ordinárias da CPFL apresentaram, porém, desvalorização de 2,6%, fechando em R$ 162,99.
Analistas de investimento estimaram que o ágio (sobrepreço da compra do controle acionário da empresa) deverá ficar entre 20% e 30%.
Trata-se de um percentual bem inferior ao registrado nas recentes privatizações de empresas estatais do setor elétrico, que variaram de 43,5% a quase 100%.
Mas, há apenas uma semana, no auge do crash global -a queda das Bolsas internacionais, deflagrada pelas Bolsas asiáticas-, analistas chegaram a sugerir o adiamento do leilão da CPFL.
O empresário Eugênio Staub, presidente do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) e do grupo Gradiente, disse que considera o leilão da CPFL um marco para a retomada das privatizações depois das nuvens de dúvidas lançadas sobre o processo de desestatização no país.
Segundo Staub, a expectativa positiva em relação à venda da CPFL mostra que a situação "não está tão ruim assim".

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