São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997 |
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Ações ainda tentam deter leilão de estatal
RICARDO GALHARDO
Os sindicalistas esperam que até as 9h30 de hoje alguma das 15 ações impetradas de quinta-feira até ontem tenha liminar e suspenda o leilão de privatização. As 15 ações têm dois argumentos em comum. O primeiro diz respeito à crise do mercado mundial que, segundo os sindicalistas, desvaloriza a CPFL. O sindicato também contesta a falta de licitação para a prorrogação por mais 30 anos da concessão do serviço. "A concessão da CPFL vence dentro de três anos. Para facilitar a privatização, o Dnaee (Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica) simplesmente prorrogou a concessão sem abrir licitação, como determina a lei", disse o presidente do sindicato, Artur Henrique da Silva, 37. Segundo ele, o Dnaee prorrogou a concessão com um ato declaratório publicado dia 26 de setembro. Cerca de 40 sindicalistas farão hoje uma manifestação em frente à Bolsa de Valores de São Paulo. "Vamos continuar tentando impedir a venda da empresa até a assembléia de acionistas que vai empossar a nova diretoria (dia 21), mesmo que o leilão aconteça", afirmou o presidente do sindicato. Segundo o assessor da coordenadoria de concessões do Dnaee, Henrique Silveira Santos, o ato declaratório não prorroga a concessão, mas autoriza a prorrogação caso a empresa cumpra as regras da privatização. Ele disse que o ato está de acordo com a lei 9074/95, que autoriza prorrogação em até 30 anos de concessão a empresas do setor elétrico em processo de privatização. Texto Anterior: Mercado espera com otimismo Próximo Texto: Secretário refuta adiamento da privatização Índice |
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