São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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NY sobe 0,19%, mas Hong Kong cai 4,21%

IRINEU MACHADO
DE LONDRES

A Bolsa de Valores de Hong Kong voltou a cair ontem, fechando em queda de 4,21%. A tendência de retração foi sentida nas Bolsas européias, mas não chegou a influenciar Wall Street, que terminou o dia com a pequena alta de 0,19%.
Contrariando as previsões iniciais de alta de 1%, a Bolsa de Londres fechou o dia com ligeira queda de 0,2% no Índice FTSE-100.
Depois de dois dias de crescimento e otimismo (sexta e segunda-feira), o mercado europeu voltou a se posicionar num setor mais apreensivo, por causa das condições instáveis dos mercados asiáticos. O espectro de perdas mais agudas deixou os investidores com um pé atrás.
Na Bolsa de Frankfurt, o Índice DAX fechou 41 pontos abaixo do nível de anteontem, uma queda de 1,1%. Em Paris, a queda foi de 0,36% no Índice CAC 40.
O Índice Hang Seng (de Hong Kong) voltou a espalhar insegurança entre os investidores europeus e preocupações sobre a durabilidade da recuperação do mercado financeiro internacional.
Novamente, entre os maiores perdedores com a queda em Hong Kong está o banco HSBC, o maior daquele país. As ações do HSBC caíram 3,5% ontem, contra o crescimento de 5,25% de anteontem.
A queda em Hong Kong praticamente anulou os efeitos positivos causados pela alta em Wall Street no dia anterior.
Além da influência do mercado asiático, analistas apontam outros dois fatores para o fraco movimento e o excesso de cautela dos investidores em Londres. Ontem, o volume movimentado foi de 378 milhões de ações.
O primeiro fator seria a expectativa sobre a reunião da diretoria do Banco da Inglaterra, que começa hoje, para discutir política monetária. Investidores temem mudanças na política de juros.
Outro fator é a incerteza que envolve a data de adesão do Reino Unido ao euro -a moeda única.
Um terceiro fator também pode ter afetado o movimento de ontem na Bolsa de Londres. A Marks & Spencer, maior rede de lojas de roupas do país, anunciou ontem lucro de US$ 787,2 milhões no semestre passado, apenas 5% a mais que o lucro do semestre anterior e US$ 46 milhões a menos que o esperado.
(IM)

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