São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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'Xinguem no estádio', diz Mirandinha

FÁBIO VICTOR; JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos jogadores mais criticados pela torcida nos últimos jogos, o atacante Mirandinha pediu a colaboração dos corintianos para a partida de hoje contra o Flamengo.
Ao lado de Donizete, ele retorna ao ataque rechaçando a responsabilidade em marcar os gols que poderão livrar o Corinthians do rebaixamento.
O atacante, com três gols no Brasileiro, não marca há mais de um mês. Seu último gol foi contra o Bragantino, no dia 1º de outubro.
(FV e JCA)
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Folha - Você reclamou das cobranças por gols nos dois jogos restantes. Não acha que ela é cabível, já que o time tem o segundo pior ataque do Brasileiro?
Mirandinha - A gente está devendo, sim. Mas não é por que deixei de fazer os gols que fiz no Paulista que vou assumir sozinho a responsabilidade. Temos o Donizete, o Renaldo, o Edílson. Todos têm obrigação de marcar gols.
Folha - Você ficou surpreso com a recepção festiva dos torcedores no treino. Faz tempo que não há manifestação semelhante?
Mirandinha - A gente nunca viu isso aqui. Ainda mais em dia como hoje, de concentração. Na situação que estamos, é sempre bom ser acolhido.
Folha - O que você diria aos torcedores que têm criticado a equipe?
Mirandinha - Peço à torcida que vá ao campo. Seja para vaiar, para agredir, mas vá. Porque, se o Corinthians fizer um gol, eles vão ajudar. Muito pior é jogar em um Morumbi vazio. Peço a ajuda de todos. Por favor, se quiser criticar, não faça em casa, vá para o estádio.
Folha - No Paulista, em jogos decisivos, você fazia coreografias quando marcava um gol. Tem alguma ensaiada para o jogo de amanhã (hoje)?
Mirandinha - Se tiver um gol, merece uma comemoração especial, para tirar essa 'urucubaca' que está em cima da gente.

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