São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
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Valsa do adeus

THALES DE MENEZES

Fãs da raquete já podem preparar seus lenços. Os próximos meses não serão de boas notícias no circuito. E aqui não há nenhuma referência a uma eventual despencada de Gustavo Kuerten no ranking.
O assunto é uma série de despedidas -forçadas ou não- que deverá ser protagonizada por vários astros do tênis. A lista, como é fácil perceber, traz verdadeiros pesos pesados.
Boris Becker é a bola da vez. O alemão parece cansado mesmo. Além de manter durante mais de uma década uma relação desgastante com a imprensa, principalmente a alemã, a insistente contusão no pulso parece ter minado seu entusiasmo.
Rico, pai de família, Becker pode até não deixar as quadras de uma vez. Não seria surpresa se ele adotasse uma atitude no estilo Jimmy Connors, aceitando jogar um torneio aqui ou ali, como convidado. No entanto, deixará de figurar entre os finalistas, o que empobrece o tênis.
Para golpear mais forte ainda o público alemão, muita gente já dá como certa a aposentadoria de Steffi Graf.
Seu retorno às quadras é seguidamente adiado, e as cruéis contusões nas costas e nos tornozelos resolveram não largar mais a ex-número um. Jornais alemães até apostam numa suposta despedida da estrela no próximo Wimbledon.
Quem vai pendurar a raquete no próximo US Open é a norte-americana Mary Joe Fernandez. Sempre simpática, ela vai parar sem ter conseguido ser a substituta de Chris Evert no coração da torcida dos EUA.
Por falar nos torcedores ianques, a apreensão no circuito masculino está concentrada em Todd Martin e Jim Courier.
O primeiro esboçou uma recuperação de séria contusão, mas exames detectaram muitos problemas de excesso de calcificação em seus pés. Já Courier está é mesmo entediado. Coisas de ex-número um do mundo que não recupera a motivação.
Eles vão fazer falta.

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