São Paulo, quarta-feira, 5 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Boca-de-urna dá vitória para Giuliani

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, foi reeleito ontem, segundo pesquisa de boca-de-urna divulgada pela rede CNN de TV.
O Partido Republicano, de oposição ao governo de Bill Clinton, além da Prefeitura de Nova York manteve o governo do Estado de Virgínia, com a vitória do procurador-geral James Gilmore sobre o vice-governador Donald Beyer.
Em Nova Jersey, às 21h30 locais (0h30 de hoje em Brasília), ainda era impossível saber se a governadora republicana Christie Whitman havia conseguido se reeleger.
As pesquisas de boca-de-urna também não eram capazes ainda naquele horário de determinar quem venceu a eleição para a única vaga no Congresso em disputa ontem: a de representante do 13º distrito eleitoral de Nova York.
Embora as eleições de ontem tenham tido pouco importância na composição geral do poder nos EUA, elas reconfirmaram a tendência do eleitorado do país de votar na oposição a Clinton.
Antes de ontem, o Partido Republicano tinha 32 dos 50 governadores (que manteria, dependendo do resultado de Nova Jersey), 227 dos 435 deputados federais (que também manteria, dependendo de Nova York) e 55 dos 100 senadores, além da maioria dos prefeitos das cidades mais importantes.
Giuliani se tornou o primeiro republicano a se reeleger prefeito de Nova York em 52 anos. A cidade tradicionalmente vota em candidatos do Partido Democrata.
Sua campanha se baseou na diminuição do número de crimes na cidade, embora os adversários digam que isso ocorreu apesar de seu governo, não por causa dele. A adversária de Giuliani, Ruth Messinger, fez uma campanha fraca e com muito menos verbas que Giuliani.
Desde a posse de Clinton, em 1993, o Partido Democrata tem perdido as eleições mais importantes, exceto a para presidente.
O presidente Clinton participou da campanha apenas nos dois últimos dias. Esteve em comícios em Nova York, Nova Jersey e Virgínia, mas procurou distanciar-se dos resultados, dizendo que as eleições de ontem não eram a seu respeito.
Em Estados da Costa Oeste, onde a votação só se encerrou na madrugada de hoje (horário de Brasília), alguns plebiscitos decidiram importantes temas sociais, como a legalização do suicídio assistido (em Oregon) e da maconha para fins médicos (em Washington).

Texto Anterior: EUA retiram acusação
Próximo Texto: Governo quer criar museu para Menem
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.