São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997
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Bolsas não respondem ao leilão

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

As Bolsas de Valores não reagiram ao surpreendente ágio de mais de 70% obtido no leilão de privatização da CPFL.
Após três dias de recuperação da crise que abalou o mercado mundial semana passada, o índice Bovespa registrou baixa de 2,59%.
A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro também caiu, fechando com desvalorização de 1,49%.
Na avaliação de analistas, os pregões de segunda e terça-feira já antecipavam o sucesso do leilão, ou seja, a expectativa de ágio.
Na segunda-feira, a Bovespa subiu 9,7% e, na terça-feira, 4,01%.
Durante boa parte do dia, a Bolsa paulista operou com oscilação próxima a zero. Na metade da tarde, no entanto, ressurgiram boatos sobre instituições financeiras com problemas, o que derrubou o preço das ações.
Como na semana passada, nas mesas de operações se comentava que alguns bancos e corretoras estariam com dificuldades para honrar seus compromissos no mercado futuro. A Bolsa de Mercadorias e de Futuros (BM&F) negou que houvesse inadimplência.
Até as ações da CPFL caíram. As ordinárias, que dão direito a voto, recuaram 8,8%, fechando a R$ 148,50 por lote de mil. As preferenciais recuaram 3,2%, encerrando a R$ 148.
Apenas o volume negociado na Bolsa paulista registrou o impacto do leilão. A Bovespa girou R$ 3,9 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões por conta da privatização da energética.

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