São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997
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Mercados de juros e dólar voltam a subir

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

Após três dias em que os mercados foram ganhando mais confiança e reconquistando a tranquilidade, câmbio e juros voltaram a tremer ontem diante de novos boatos sobre a saúde financeira de algumas instituições.
Os contratos futuros de dólar abriram em baixa, continuando a tendência dos dois últimos dias.
Na metade da tarde, no entanto, quando voltaram os comentários sobre dificuldade de alguns bancos e corretoras para liquidar suas posições na BM&F, o dólar subiu.
Os contratos para dezembro, que projetam o câmbio de novembro, fecharam a R$ 1,118, com alta de 0,10%. Durante o dia, o contrato chegou a ser negociado a R$ 1,114.
O dólar com vencimento em janeiro subiu 0,16% e os contratos de fevereiro tiveram alta de 0,19%.
As projeções de juro na BM&F, que também abriram para baixo, reverteram o movimento e fecharam em alta.
Os contratos de DI com vencimento em dezembro (projeta a taxa de novembro) fecharam a 2,97%. Na terça, os mesmos contratos projetavam taxa de 2,89%. No mercado à vista de câmbio, não houve pressão.
Mais uma vez o Banco Central foi levado a fazer uma leilão para comprar dólares das mãos dos bancos e o câmbio comercial operou próximo ao piso da minibanda de flutuação.
O comercial fechou a R$ 1,1033 para compra e R$ 1,1041 para venda.
Na avaliação de operadores, não foram só os boatos envolvendo instituições financeiras que pressionaram dólar e juros ontem.
Houve também uma conscientização de que há menos de uma semana o BC dobrou os juros do país e que a crise está longe de ter acabado.
Como se previa, os mercados devem continuar muito voláteis, sendo levados ao nervosismo diante do menor sinal negativo.
Títulos da dívida
Os títulos da dívida externa brasileira negociados no exterior também sofreram ontem com a desconfiança dos investidores.
Os papéis vinham se recuperando, juntamente com os demais mercados, mas ontem caíram.
O C-Bond recuou cerca de 1,15% no mercado novaiorquino, enquanto o IDU teve baixa de pouco mais de 1%.

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