São Paulo, quinta-feira, 6 de novembro de 1997 |
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Crise atrapalha filme de Xuxa
ARMANDO ANTENORE
A "rainha dos baixinhos" planeja lançar, dentro de um ano e meio, o filme "Férias Muito Loucas". É o primeiro que protagoniza desde "Lua de Cristal", longa-metragem de 1991. A nova produção custará R$ 4,2 milhões, incluindo os gastos com a comercialização das cópias. Desse total, R$ 3 milhões irão usufruir dos benefícios da Lei do Audiovisual. O resto sairá da própria Xuxa e de outros investidores, que não contarão com vantagens fiscais. "Por causa da crise financeira, estamos enfrentando problemas na captação daqueles R$ 3 milhões", diz Diler Trindade, produtor de "Férias Muito Loucas". Como prevê a Lei do Audiovisual, os patrocinadores que bancarem o longa terão o direito de deduzir o investimento do Imposto de Renda a pagar. Ocorre que o crash trouxe a alta dos juros. Em consequência, as vendas a prazo tendem a diminuir. "Sob o risco de um refluxo no comércio, muitas empresas estão redimensionando o desempenho previsto para 1997. Calculam que lucrarão menos e, portanto, irão pagar imposto menor -o que, claro, muda os planos de quem pensava em usar as leis de incentivo à cultura", explica Trindade. Trindade não revela o nome das empresas, mas adianta que vendem eletrodomésticos. "Conseguir os R$ 3 milhões até o fim de dezembro, como imaginávamos, se tornou impossível", conclui o produtor. A Oliveira Trust, no entanto, aponta um quadro diferente. A empresa, que garimpa recursos para quatro filmes produzidos por Luiz Carlos Barreto, diz atravessar "um período tranquilo". E informa que ainda não sofreu os efeitos do "incêndio" nas Bolsas. Texto Anterior: Crash põe mercado cultural em alerta Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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