São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Maluf assedia tucanos após falar com FHC
ROGÉRIO GENTILE
Nas visitas, Maluf pregou uma candidatura suprapartidária (PPB, PFL, PMDB, PDT, PL e até PSDB) ao governo do Estado e vangloriou-se do seu bom relacionamento com o presidente da República. Anteontem, Maluf prometeu apoiá-lo na tentativa de reeleição. "Tenho uma boa convivência com o PSDB. Estive com o Fernando Henrique. Ele me abraçou e me beijou", afirmou Maluf em Tapiratiba (290 km ao norte de SP), administrada pelo PSDB. O ex-prefeito disse que FHC é "sabido, tem sabedoria". "Ele gosta de quem vai governar. De quem tem voto", afirmou. Maluf disse à Folha que vai dar muito mais votos ao presidente do que os tucanos José Serra e Covas. O PSDB ainda não definiu seu candidato ao governo. Covas diz que não vai concorrer e que só a disputa com o próprio Maluf o faria mudar de idéia (leia texto abaixo). Em Caconde (300 km ao norte de SP), após encontro a portas fechadas, o prefeito tucano Antonio Carlos de Faria chamou por duas vezes Maluf de "governador". Ao perceber a presença da reportagem, ele tentou se justificar. "Ele me garantiu que vai ser o próximo governador", disse. Em São Sebastião da Grama (260 km ao norte de SP), a assessoria da prefeitura queria impedir o registro fotográfico do prefeito Antonio Carlos Aguiar da Costa (PSDB) ao lado de Maluf "para não comprometê-lo com o governador". Após uma reunião entre os dois, porém, Costa fez questão de acompanhar o candidato, de braços dados, por um passeio pelas ruas da cidade. Prometeu, reservadamente, que vai apoiá-lo. PFL Maluf percorreu 7 cidade ontem, 5 administradas pelo PSDB, 1 pelo PRP e 1 pelo PMDB. O ex-prefeito afirmou que o candidato a senador da coligação e o vice da sua chapa sairão do PFL. Maluf aproveitou para alfinetar os três pré-candidatos do PFL ao governo do Estado, Romeu Tuma, Agripino Lima e Régis de Oliveira. "É democrático eles defenderem uma candidatura própria, mas acho que quem não tem hoje um mínimo de 15% a 20% das intenções de voto não vai encontrar viabilidade lá na frente", afirmou o ex-prefeito. Texto Anterior: Dinheiro de privatizações deve ser usado em dívidas Próximo Texto: Ex-prefeito acha FHC imbatível Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |