São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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Ex-prefeito acha FHC imbatível
ROGÉRIO GENTILE
Para Maluf, o atual presidente é praticamente imbatível, principalmente se puder concorrer sem deixar o cargo. * Folha - O sr. não teria condições de derrotar FHC em 98? Paulo Maluf - Acho que não teria condições. A coligação que se fez em torno dele e as facilidades que deram para a reeleição indicam que qualquer candidato teria pouca chance, inclusive eu. Folha - Se o apoio popular a FHC cair o sr. pode rever esta posição? Maluf - Minha posição é definitiva, sou candidato a governador. Folha - O sr. critica o aumento dos juros, a política comercial externa e o fato de as reformas não terem sido feitas. Não é incoerência apoiar a reeleição? Maluf - Não, não é uma incoerência. Eu apoio a candidatura de FHC porque acho que é hoje a que tem a melhor condição de cumprir um programa de governo com as pregações do real. Quem me conhece sabe que só tenho o rabo preso com o eleitor que vai me eleger. Mantenho as minhas críticas. O fato de eu apoiar alguém não quer dizer que eu vá perder minha independência. Além disso, minha crítica não é ao presidente, mas as suas autoridades monetárias. Folha - Qual a garantia que o sr. tem de que FHC vai ficar distante da eleição estadual? Maluf - Eu não pedi isso a ele, e ele não me ofereceu isso. A nossa conversa foi de alto nível, de dois homens que amam o Brasil. Eu não poderia pedir o apoio dele, nem acredito que alguém tenha autoridade moral para pedir que ele regionalize a candidatura. Veja o panorama nacional: FHC vai ao palanque de Cesar Maia, do PFL, ou do Marcello Alencar, do PSDB? Como vai fazer no Espírito Santo e na Bahia? O candidato que quiser que o presidente suba em seu palanque não é um amigo. É um inimigo. Se pode todo mundo somar, por que vai dividir? Texto Anterior: Maluf assedia tucanos após falar com FHC Próximo Texto: Tucanos rejeitam acordo Índice |
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