São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997
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Tucanos rejeitam acordo

LUIZA DAMÉ; DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os tucanos começaram ontem um movimento para pressionar o presidente Fernando Henrique Cardoso a não fazer acordo com o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB-SP) nas eleições em São Paulo.
Eles não aceitam sequer que Maluf participe do comando da campanha de FHC.
"Fora Maluf", afirmou o deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), vice-presidente e vice-líder do partido.
"O Maluf é oportunista por formação", disse o líder do PSDB, Aécio Neves (MG). Segundo ele, Maluf só deu apoio ao presidente porque sabe que não conseguirá enfrentá-lo na eleição do próximo ano.
Para a cúpula tucana, o apoio do PPB à reeleição de Fernando Henrique não significa que o presidente vai fechar um acordo com Maluf -candidato declarado ao governo do Estado- em São Paulo.
"Em São Paulo, o Maluf terá de reunir as suas forças para enfrentar as forças contrárias", afirmou o secretário-geral do PSDB, deputado Arthur Virgílio (AM). "E, tenham absoluta certeza, nas forças contrárias estará o cidadão Fernando Henrique Cardoso", disse ele.
"Obrigação história"
Segundo o deputado Virgílio, FHC tem "obrigação histórica" de apoiar o candidato do PSDB, seja ele o governador Mário Covas, o senador José Serra, o ministro Sérgio Motta (Comunicações) ou o vice-governador Geraldo Alckmin Filho.
O deputado Arnaldo Madeira se aproveitou da ausência de parlamentares do PPB na reunião da comissão especial da reforma administrativa para criticar o apoio de Maluf a FHC.
"Esse é o resultado do apoio do PPB: o único que apareceu foi para ficar contra", disse Madeira, referindo-se ao deputado Arnaldo Faria de Sá (PPB-SP).
"Apoiar, tudo bem, mas vilipendiar, não. Essa votação é uma agressão ao regimento", afirmou Faria de Sá.
(LUIZA DAMÉ E DENISE MADUEÑO)

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