São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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Acusados têm reduto em balneário
SERGIO TORRES
Relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara que investigou as fraudes, a deputada federal Cidinha Campos (PDT-RJ) afirma que o advogado Ronaldo da Silveira Bravo se esconde em Muriqui (distrito de Mangaratiba). Condenado a 11 anos de prisão, Bravo está foragido desde 1992. A Justiça concluiu que ele fraudava a Previdência junto com a advogada Jorgina de Freitas. "Bravo sempre se escondeu em Mangaratiba. Ele deve estar lá até hoje", disse a deputada. O suposto esconderijo de Bravo fica perto da entrada de Muriqui. O endereço exato é desconhecido até pela Polícia Federal. A Folha visitou ontem a quadra C, que é dividida em cem lotes. Uma casa foi construída em cada lote. Moradores disseram que não ouviram falar no advogado. Arquivos da CPI mostram que advogados, procuradores e até funcionários de baixo escalão do INSS têm bens na região. É o caso de Alexandre José Adriano, ex-agente do INSS em Nova Iguaçu e réu em ações da 4ª e 13ª Varas Federais. Ele é dono de casa de 22 quartos. Apesar do salário de cerca de R$ 600 mensais que recebia. Na ação da 13ª Vara, aparece como réu José Luiz Fernandes Molina, funcionário do INSS e dono de casa em Mangaratiba. A casa do advogado Evani Cavalcanti Prazeres em Muriqui fica na rua 1º de Maio, em Muriqui. São dois andares, com terraço, jardins e piscina. Uma placa de madeira revela o nome: "Nosso Cantinho". Prazeres e outros 19 -Jorgina, entre eles- são réus na ação penal 05/91, da Justiça do Rio. Na 4ª Vara Federal, há mais dois processos contra ele. Na ação, aparece como réu mais um integrante da "conexão Mangaratiba": o médico Gilson Mazzillo. A casa frequentada por ele na cidade está em nome do pai, Natalino. Texto Anterior: Advogados não comentam Próximo Texto: Jorgina tentou nova cidadania Índice |
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