São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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Extradição pode ter dificuldades
CLÁUDIA PIRES
"Mas o Brasil ainda não nos mandou nenhum documento necessário. Não sabemos ao certo se é por inexperiência ou por outro motivo qualquer." O procurador explica ainda que 80% dos casos de extradição de norte-americanos, por exemplo, são tratados via procuradoria. "Não temos nenhum problema com a Justiça americana. A embaixada brasileira, porém, optou por contratar um outro advogado. Isso pode dificultar o processo." Marim afirma ainda que o processo de extradição da brasileira está encaminhado desde 1994, mas nenhum documento foi enviado. "O governo brasileiro não entende que o Judiciário aqui é muito independente", diz o procurador. O embaixador brasileiro na Costa Rica, João Carlos de Souza Gomes, não foi encontrado até às 18h de ontem (22h de Brasília) para comentar a questão. A primeira sentença sobre o processo de extradição de Jorgina Maria de Freitas Fernandes pode sair em 20 dias a partir de sua prisão. De acordo o Ministério da Justiça da Costa Rica, os advogados da brasileira podem recorrer dessa primeira sentença. A Justiça costarriquenha também afirma que Jorgina pode ser extraditada em 60 dias, caso os advogados não entrem com nenhum recurso antes desse prazo. Ela também pode ser posta em liberdade, se a Justiça brasileira não enviar todos os documentos requisitados. Outro fator que pode impedir a extradição de Jorgina é o surgimento de algum outro processo contra ela na Costa Rica. De acordo com a legislação do país, um processo interno suspende automaticamente a extradição. (CP) Texto Anterior: Deputados param por salário atrasado Índice |
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