São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997
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Articulações determinam lista

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O resultado das eleições da USP revela como as articulações a partir da reitoria conseguem determinar, com certa precisão, a composição da lista tríplice que é enviada para o governador. Foi assim com Fava, há quatro anos, e agora.
É difícil definir ideologicamente os principais candidatos. Os votos foram claramente dispersos pelas unidades.
O candidato de oposição à reitoria, Erney de Camargo, assumiu um discurso de descentralização de poder e conseguiu o apoio das entidades de professores, estudantes e funcionários. Isso mostra como essas entidades têm pouco peso na política real praticada dentro da universidade.
Até o último momento havia dúvida se o primeiro lugar da lista seria ocupado por Jacques Marcovitch ou por Myriam Krasilchik.
Marcovitch levou vantagem porque conseguiu o apoio dos outros candidatos da reitoria que tiveram votação menor no primeiro turno. Sua eleição é caracterizada na universidade como "voto de gestão".
Ex-diretor da Faculdade de Economia e Administração, ele deve ter angariado mais votos naquela unidade, na Faculdade de Direito e, de forma esparsa, nas outras 32 unidades. Enfrentava resistências no interior, onde era pouco conhecido, mas reverteu essa imagem com visitas nesta semana.
Myriam Krasilchik é mais antiga na universidade e tinha mais apoio no interior, na Educação, Enfermagem, Educação Física, Saúde Pública, entre outras.
(FR)

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