São Paulo, sexta-feira, 7 de novembro de 1997 |
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Juro alto terá impacto de R$ 670 mi nas contas públicas, diz secretário
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, disse ontem não haver motivo para nervosismo no mercado e contestou previsões sobre o impacto dos juros nas contas públicas.Segundo ele, o impacto da alta de juros nos custos com a dívida pública será de cerca de R$ 670 milhões neste mês. Por esse raciocínio, muitos títulos estão indexados à variação do dólar e outros papéis são prefixados. Ele afirmou que o efeito sobre a dívida será bem menor do que o calculado pelo economista Raul Velloso, que falou em R$ 2 bilhões. O secretário disse que estranha o comportamento das Bolsas de Valores brasileiras, que ontem registraram queda. Na sua opinião, não há razão para nervosismo, já que o presidente Fernando Henrique Cardoso deixou clara a disposição do governo em ajustar suas contas. "Estranho essa reação, porque nós tomamos uma decisão clara que vamos adotar adiante. Não anunciamos ainda por que estamos trabalhando no detalhamento das medidas", afirmou. O pacote vai incluir medidas de incentivo às exportações. Mendonça de Barros disse que a idéia é melhorar e elevar as condições de atratividade para as exportações das pequenas e médias empresas. Segundo ele, a Itália e a Alemanha têm um mercado que deve ser explorado. O incentivo atingirá tanto o setor industrial quanto o agroindustrial, como os produtores de frutas tropicais. Texto Anterior: FHC defende mudança nas leis do trabalho Próximo Texto: Desvalorizar real é a saída, diz Pratini Índice |
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