São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Vencedor levou dois envelopes

DA REPORTAGEM LOCAL

O consórcio que comprou a CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), formado pela VBC Energia e oito fundos de pensão, levou dois envelopes com ofertas diferentes para o leilão de privatização da empresa, realizado na última quarta-feira. A informação é da diretoria do Bradesco, que integra a VBC Energia com os grupos Votorantim e Camargo Corrêa.
Trata-se de uma prática comum em leilões em que a oferta de compra é feita por meio de envelopes fechados nos quais há mais de três grupos qualificados para apresentar suas ofertas.
Como sempre há a expectativa de que algum dos concorrentes acabe por desistir de dar seu lance, os interessados levam, pelo menos, dois envelopes para o leilão: um com a oferta pelo preço mínimo e outro com um sobrepreço.
No caso da CPFL, os consórcios qualificados tiveram três minutos para apresentar suas propostas. Os quatro grupos, porém, só entregaram seus envelopes quando faltavam menos de 15 segundos para o fim do prazo.
O sobrepreço ou ágio é definido em função da importância que a empresa a ser privatizada tem para a estratégia empresarial de cada interessado. A definição do ágio obedece a um limite técnico, que leva em conta vários fatores econômicos e financeiros.
Quando a compra da empresa é estrategicamente fundamental, o interessado oferece mais do que o limite técnico. Quando não é, o ágio fica dentro do limite técnico.

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