São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997 |
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Colombianos não conhecem o Brasil É um país do Caribe, diz morador a FHC WILLIAM FRANÇA
O Brasil, segundo FHC ouviu de um morador de Cartagena, "é um grande país do Caribe". O presidente não se abalou com a gafe e usou a expressão, por duas vezes, para defender a integração sul-americana. Mas o pior papel ficou por conta do Ministério de Comércio Exterior colombiano. Segundo dados distribuídos por ele, a moeda no Brasil é o cruzeiro, a taxa de desemprego brasileira é de 4,2%, o país tem um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 66,5 bilhões, renda per capita de US$ 6.325 e registrou crescimento de 22,6% no ano passado. Os dados corretos: a moeda é o real, a taxa de desemprego alcança 5,6% (em setembro último), o PIB brasileiro é de US$ 749 bilhões, a renda per capita é de US$ 4.743 e a economia cresceu 2,9%, pelos dados de 1996. O presidente colombiano, Ernesto Samper, tratou FHC todo o tempo como "amigo e irmão", e se disse admirador de sua trajetória como professor, líder político e presidente. Samper tem como um dos seus livros prediletos -e todo marcado, com anotações- a obra "Desarollo (desenvolvimento) y Dependencia en America Latina", de FHC. Samper andou pelas ruas de Cartagena com FHC, abraçando moradores. Ele levou o presidente brasileiro para conhecer a igreja e os restos mortais de São Pedro Claver, um santo colombiano tido como o padroeiro da defesa dos direitos humanos. Texto Anterior: Deputado desaprova, mas não descarta aumento de impostos Próximo Texto: Juros mais altos levam exportadores a antecipar o fechamento de câmbio Índice |
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