São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Pânico e especulação derrubam a Coréia do Sul

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de Seul (Coréia do Sul) fechou ontem com baixa de 6,9%, a maior queda em 17 anos, depois que investidores estrangeiros, com receio de uma desvalorização do won, a moeda local, resolveram vender suas ações.
Em meio ao pânico, pequenos investidores acompanharam a tendência e decidiram se desfazer também dos seus papéis.
As quedas nas bolsas de outros países asiáticos também pressionaram ontem o mercado sul-coreano.
A Coréia do Sul, considerada a mais nova candidata a sofrer um ataque cambial, está sendo acompanhada de perto pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Este ano, o won já perdeu 16% do seu valor em relação ao dólar.
Autoridades do país dizem que a Coréia do Sul está sendo alvo de falsos rumores sobre suas reservas, política monetária e dívida -que tem maior número de credores na região.
Uma crise de confiança no país teria, portanto, efeitos ainda mais devastadores na Ásia.
O governo sul-coreano e o FMI afirmam que o país não está na mesma posição que a Tailândia e a Indonésia -que passaram recentemente por uma crise financeira e precisaram de ajuda internacional.
Segundo o diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, o maior problema do país é o colapso de grandes grupos empresariais, o que vem ocorrendo desde o início do ano.

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