São Paulo, sábado, 8 de novembro de 1997
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Fracassa missão da ONU no Iraque

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O governo dos EUA está demonstrando crescente impaciência com a indefinição da crise com o Iraque e voltou a insinuar que uma solução militar é possível.
O presidente Bill Clinton disse não ter motivos para acreditar em negociações sobre a entrada no Iraque de cidadãos norte-americanos como integrantes de missões de inspeção da ONU e pediu a seus aliados "firmeza" na reação ao regime de Saddam Hussein.
Um porta-voz do Pentágono, comando das Forças Armadas dos EUA, afirmou que, se o Iraque atacar qualquer avião dos EUA que fiscalizar seu território, isso será considerado "um ato de guerra".
O grupo de três pessoas enviado a Bagdá esta semana para reafirmar ao regime de Saddam os termos do armistício que pôs fim à Guerra do Golfo em 1991 vai apresentar seu relatório ao Conselho de Segurança da ONU na segunda.
Mas já se sabe que os diplomatas não conseguiram convencer Saddam a mudar de posição e permitir a entrada no Iraque de norte-americanos que integram as missões observadoras da ONU sob o argumento de que eles são preconceituosos e vão impedir qualquer parecer favorável ao levantamento do embargo contra o país.
Clinton resolveu conceder visto de entrada nos EUA ao vice-premiê do Iraque, Tareq Aziz, que pretende ir a Nova York explicar ao Conselho de Segurança os argumentos de seu governo nesta crise.

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