São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Comida crua pode facilitar intoxicação alimentar

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma dieta composta exclusivamente por alimentos crus pode aumentar o risco de intoxicações e infecções alimentares. Esse risco é ainda maior em países quentes e úmidos como o Brasil.
O calor e a umidade elevada do ar são condições favoráveis à multiplicação de bactérias e outros microorganismos, que podem chegar ao homem por meio de alimentos.
Dados do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) da Secretaria de Estado da Saúde mostram que, em 95, a maioria das doenças transmitidas por alimentos ocorreu no ambiente doméstico.
A geladeira (com temperaturas ao redor de 4°C) conserva os alimentos por mais tempo, pois o frio inibe a multiplicação das bactérias. Mas o frio apenas retarda o crescimento das cepas (grupos) de bactérias. Ele não as elimina.
Só o calor (temperaturas acima de 70°C) pode destruir as bactérias e evitar uma contaminação. É por isso que, a partir de quando a humanidade começou a ferver a água, diminuíram sensivelmente os casos de infecção alimentar e caíram as taxas de mortalidade infantil por diarréia.
Fritar, refogar, assar, cozinhar, grelhar, ferver e pasteurizar são formas de usar o calor para tornar os alimentos mais saborosos e mais seguros. Será que vale a pena abrir mão desses recursos?

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