São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Governo diz fiscalizar madeireiras

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo brasileiro diz que está de olho na ação das madeireiras estrangeiras na Amazônia e contesta o título de campeão mundial do desmatamento, argumentando que os dados utilizado pelo WWF em seu estudo não são confiáveis.
Eduardo Martins, presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), afirma conhecer "oito empresas brasileiras, com capital estrangeiro" cortando madeira na região amazônica.
Ele admite que a "folha corrida dessas empresas (as madeireiras estrangeiras) não é boa", mas diz que está "fazendo o máximo esforço possível para controlá-las, inclusive com multas".
O Ibama calcula que, até o final deste ano, terá apreendido 600 mil m3 de madeira retirada de forma irregular da floresta -quantidade cinco vezes maior do que a confiscada em 96. Ex-membro do WWF, Martins afirma que 80% da madeira cortada na Amazônia é retirada de forma ilegal.
Sobre o título de campeão do desmatamento, Martins diz que o WWF "fez comparações erradas", usando dados de satélites meteorológicos que não são adequados para medir com precisão o tamanho do desmatamento no país'.
Além disso, ele afirma que não é justo usar a taxa absoluta de desmatamento (total de área desmatada), como fez o WWF, em vez da taxa relativa de destruição da floresta (porcentagem de área desmatada em relação à quantidade de floresta ainda intacta).
(MP)

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