São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Ouvinte dizia que mataria locutora

DA REVISTA DA FOLHA

A locutora de rádio Roseli Costa, 33, também aguentou o quanto pôde. Vítima de um ouvinte obcecado, só denunciou seu perseguidor depois de dois anos, quando ele começou a dar indícios de que pretendia matá-la.
"No começo, pensei que fosse só mais um fã, não tinha medo", diz Roseli, que frequentemente recebia cartas de Walter elogiando-a.
A perseguição foi se intensificando com telefonemas. Depois de um ano, ela atendeu a primeira ligação de Walter, que insistia em conhecê-la pessoalmente. "Sua voz era muito esquisita, parecia um velho, tinha uma respiração ofegante. Inventei uma desculpa para não encontrá-lo", conta.
Seis meses depois, Roseli ficou, sem saber, frente a frente com seu perseguidor por 15 minutos. Num sábado à tarde, enquanto esperava abrirem a porta da rádio, viu um homem atrás de uma mureta. "De vez em quando ele me olhava, mas não se aproximou."
O funcionário que abriu a porta reconheceu Walter, que já tinha perseguido uma programadora dois anos antes -de tão incomodada, ela pediu demissão.

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