São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Amaral foi engraxate no interior de São Paulo

ESPECIAL PARA A FOLHA

Alexandre da Silva Mariano, 24, o volante Amaral do Palmeiras, que já atuou na Seleção Brasileira, ganhou os primeiros trocados como engraxate, em Capivari (160 km a noroeste de São Paulo).
"Eu tinha 10 anos e já engraxava sapatos na rodoviária da cidade. Ganhava alguns trocados, que davam para comer um lanche antes de ir para a escola."
Amaral, que recebeu esse apelido do avô, conta que fez de tudo para ajudar a mãe a não passar fome (é filho único e órfão de pai), mas desmente a profissão de coveiro que o atribuíram.
"É mentira que fui coveiro. Eu trabalhava em uma funerária. Comecei entregando cartas e acabei arrumando defunto no caixão porque ganhava mais".
Seu primeiro emprego com registro em carteira profissional foi de ajudante em uma fábrica de calcinhas plásticas para crianças.
O menino Amaral gostava de jogar peladas, mas não imaginava que se tornaria um jogador profissional. Com a ajuda de um primo, conseguiu mostrar seu talento ao Palmeiras, em 92, e passou a integrar a equipe de juniores. Em 93, já participava da equipe profissional.

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