São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Programas de treinamento descobrem talentos

DA REPORTAGEM LOCAL

Investir na formação de executivos é a meta dos programas de trainees, a principal forma de acesso de universitários às empresas.
"Elas têm a visão de que profissionais devem ser criados dentro da companhia e por isso estruturam esses programas", diz Julia Alonso, da Passarelli Consultores.
O Citibank tem um programa desenvolvido há 27 anos no país. Ele dura cerca de 18 meses e utiliza sistema rotativo de participantes em diversas áreas da instituição.
"O objetivo é dar uma visão global dos negócios e dos processos do banco", afirma Sandra Rodrigues, 31, consultora de RH.
Cerca de 20 trainees participam de cada programa, recebendo R$ 1.800 mensais e benefícios como assistência médica e odontológica, 14º salário e vale-refeição. Em torno de 80% deles continuam na empresa depois do treinamento.
A Rhodia, que aproveita 100% de seus trainees, investe cerca de R$ 4.000 para treinar cada participante, sem contar a remuneração mensal de R$ 1.800 e os benefícios.
Eles participam de um intenso programa de formação, com treinamento específico para o cargo que ocupam, além de três dias por mês de aulas e palestras para ampliar a visão empresarial.
O BankBoston também aposta no treinamento para criar seus futuros executivos. Durante um ano, os trainees gastam 40% de seu tempo em aulas na instituição.
"Queremos desenvolver as competências técnicas, pois os participantes foram selecionados de acordo com suas competências pessoais", diz Kátia Périco, consultora de RH do banco.
O salário é de R$ 1.700, mais diversos benefícios como plano de previdência privada e 14º salário. No final do programa, 1 de cada 20 trainees tem vaga garantida.
A Arthur Andersen investe em treinamento desde 1957, não só no país. Os trainees que falam inglês fluentemente têm a oportunidade de passar por uma temporada na sede da empresa, nos EUA.
"Buscamos formar nossos próprios talentos porque o mercado não forma o tipo de profissional que precisamos", diz Antônio Belamoglie, 41, diretor de RH.

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