São Paulo, domingo, 9 de novembro de 1997
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Microempresários estão cautelosos com medidas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Dúvidas e incertezas. Esse é o atual perfil dos empresários. Mesmo com a chegada do Natal, que anima até os mais desesperados, o momento é de cautela.
Romildo Palmeira, 52, dono de uma loja de colchões, se diz apreensivo. Para ele, a elevação das taxas causará prejuízos em todo o mercado. "O crédito ficou difícil. A produção e as vendas caem, e o desemprego aumenta."
Para ele, se as taxas continuarem como estão, até o final do ano não haverá sinais de melhora, nem no primeiro trimestre de 98.
"Não tenho dinheiro para o 13º. E nem penso em empréstimo. Vou pagar os empregados e prorrogar a dívida com os fornecedores."
Vivendo uma situação mais confortável, o microempresário Aníbal Nikoluk, 28, não tem do que reclamar. Tem uma loja de roupas de praia, que são confeccionadas pela mãe. "Trabalho em dupla jornada, mas pretendo mudar para uma loja maior."
Ele conta que, para ter prazos melhores e preços baixos, costuma comprar seis meses antes. "Agora, já estou comprando para a coleção de julho de 98. E os fornecedores nem falam em aumento."

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