São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Ajuda do Bird é descartada pelo governo

MARTA SALOMON
DA ENVIADA ESPECIAL A ILHA MARGARITA

O presidente Fernando Henrique Cardoso dispensou ajuda financeira do Bird (Banco Mundial) para enfrentar um eventual ataque especulativo ao real e sustentar o plano de estabilização econômica.
A oferta foi feita a FHC pelo diretor-geral de operações do banco, Caio Koch Weser, e seguiria o modelo de ajusta prestada ao México e países asiáticos que enfrentaram desvalorizações cambiais.
A reunião com Weser não estava prevista na agenda do presidente e ocorreu no sábado.
Segundo relato do chanceler Luiz Felipe Lampreia, Weser disse que o Banco Mundial acompanhava com atenção evolução do quadro brasileiro e estava disposto a socorrer o país se solicitado.
A instabilidade da economia brasileira foi tema recorrente nas reuniões formais e mesmo nas conversas informais que FHC manteve paralelamente à 7ª Cúpula Ibero-americana.
O encontro reuniu chefes de Estado e de governo de 23 países da América Latina mais Portugal e Espanha.
A todos os interlocutores, o presidente transmitiu tranquilidade. A alguns deles, disse que anunciaria medidas importantes para conter os gastos públicos assim que voltasse ao país. Mas não entrou em detalhes das medidas.
O presidente Carlos Menem (Argentina) não se encontrou reservadamente com FHC na Venezuela, mas já está informado sobre as medidas de ajuste fiscal.

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