São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Torcida 'limpa' restaurante

SÉRGIO TEIXEIRA JR.
DO ENVIADO A GOIÂNIA

"Foi tudo muito rápido." A frase, que costuma ser ouvida após assaltos, desastres ou atentados ao redor do mundo, serve para ilustrar o almoço de seis ônibus da caravana da Gaviões.
O local escolhido foi o restaurante Brasileirão, em Araguari (MG).
Os torcedores chegaram às 13h20. Dez minutos depois, não havia mais nada no balcão de comida self-service.
O preço, R$ 5, era por prato, mas, a não ser na mesa da diretoria e nas dos motoristas, era difícil ver um por pessoa. Um grupo de cinco dividiu macarrão, feijoada e um pouco de churrasco em um prato de sobremesa.
O gerente Marcos Alem calculou em R$ 800 o dinheiro que entrou, para cerca de 270 torcedores no local (45 por ônibus). Em média, foram menos de R$ 3 por pessoa.
Mais números: 300 salgados, 80 refeições, 30 maços de Free Box e 100 chicletes, tudo segundo estimativas dos funcionários.
A sorridente garçonete Juliene Ferreira, 18, disse que ouviu cinco cantadas, e a balconista Karla Lopes, 17, contou três; a banca de jornais anexa não vendeu nada.
Por R$ 4, os gaviões do ônibus nº 6 compraram a Cachaça do Campeão, cujo rótulo ostentava um símbolo do Corinthians e um aviso sobre os riscos do álcool. Nada sobre o nome do fabricante ou a procedência da bebida. A sobremesa foram duas mangas verdes.
(STJr.)

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