São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997 |
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Moradores desfilam de short e minissaia
CÉSAR SARTORELLI
O espírito local poderia ser resumido no nome de uma rua: Patrícias Mendocinas, com todas as conotações que as "patricinhas" têm em português. A população é muito bonita: parece que todo mundo faz esporte. Os obesos são raros, predominando o tipo físico magro e esguio. Há índios. Eles formam a parcela mais pobre da população e habitam povoados periféricos. São ostensivamente discriminados. Educação profissional Os meninos pedintes que frequentam o parque San Martín são, em grande parte, de origem indígena. Eles se revelam educados e bem-humorados. Turistas são bem tratados, profissionalmente, mas sem intimidade. Boa parte dos trabalhadores de Mendoza já esteve no Brasil e guarda boas imagens. Afáveis, porém distantes, os moradores de Mendoza estão acostumados ao grande fluxo de estrangeiros: alpinistas, esquiadores, homens de negócio. A sociedade lembra uma ilha da fantasia, um oásis planejado, onde os pobres estão longe, escondidos, e a polícia está muito presente para eliminar distúrbios. O hábito da "siesta" existe na cidade e acontece das 13h às 16h. Todo o comércio pára, menos os restaurantes. A noite começa tarde e se estende até o amanhecer, sendo comum observar famílias a flanar às 2h. Para os jovens, há o refúgio seguro das discotecas. Elas são chamadas de "boliches", abrem até as 2h e ficam fora da cidade, para não perturbar o sossego. Nelas, só é possível entrar de "parejas", ou seja, casais formados por um rapaz e uma moça. É possível montar um par na entrada. Só que será um pouco trabalhoso, tendo em vista que é raro ver garotas desacompanhadas nas ruas de Mendoza. (CS) Texto Anterior: Cidade cria pacote contra o ócio Próximo Texto: Viagem de ônibus é prova de resistência Índice |
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