São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
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Valdés une os extremos

DA REDAÇÃO

Quando defendeu a união das Américas do Alasca à Patagônia, o presidente Clinton talvez não soubesse que um nome já unia as extremidades do continente.
No Alasca e na Patagônia, a cidade de Valdez e a península Valdés revelam a permanência espanhola.
Não deixa de ser curioso que dois gêmeos, os Valdés, tenham tido importante papel na Espanha do século 16, o dos descobrimentos.
Juan e Alfonso de Valdés teriam nascido em Cuenca, Espanha, em 1490. O certo é que eles eram de uma família de intelectuais relevantes nas esferas religiosa, política e literária da Espanha.
Na política foi Alfonso quem alçou os postos mais altos. Depois de estudar, provavelmente em Alcalá, foi nomeado secretário e latinista da corte de Carlos 5º.
Teve papel importante na Dieta de Worms e na de Regensbrurg. Na primeira, tentou reconciliar Martinho Lutero com a Igreja Católica. Seu último posto teria sido o de arquivista em Nápoles, mas morreu de peste em Viena, provavelmente em outubro de 1532, antes de assumir. Entre as suas obras estão o "Diálogo entre Mercúrio e Caronte" e o "Diálogo das Coisas Ocorridas em Roma".
Já Juan de Valdés deixou a Espanha depois que seu "Diálogo da Doutrina Cristã" não foi bem recebido pela Inquisição. Ele aceitou uma oferta de Carlos 5º e seguiu para um posto na Itália, onde continuou a escrever, e em espanhol. Ali produziu o "Diálogo da Língua", no qual trata do estilo e da língua espanhóis.

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