São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Anel viário do Alasca é percorrido de balsa

Conheça as "estradas" marinhas

SUSAN SPANO
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

"A Califórnia tem um Yosemite, mas o Alasca tem centenas", diz o geógrafo Henry Gannett. Mas é difícil conhecê-los, porque há poucas vias pavimentadas no Estado.
Em 1963, o Alasca começou a cuidar do problema e abriu o Sistema de Vias Marítimas, com oito navios que percorrem a mais longa rota de "ferryboats" (balsas) do mundo. Transportam passageiros, animais de estimação, caiaques e carros ao longo de mais de 1.800 km só no Panhandle -a faixa de terra entre o Canadá e o Pacífico.
Excetuando o avião, a Inside Passage (passagem interior) é o caminho mais direto entre o sudeste do Alasca e o Lower 48 -os 48 Estados da principal massa de terra dos EUA. Oferece paisagens tão belas -fiordes, geleiras, baleias, picos nevados e florestas de coníferas- que muitos navios de cruzeiro passam lá o verão.
Recortei um anúncio da Princess Cruises que oferecia viagens de sete dias com preços a partir de US$ 899 por pessoa, em cabines duplas.
Viajei em agosto, mas não na Princess. Meu plano era viajar pelo Alaska State Ferries (sistema de balsas do Alasca), de Juneau a Prince Rupert, na Colúmbia Britânica (por US$ 120), onde pegaria uma balsa (por US$ 75) até Port Hardy, na ilha de Vancouver.
Decidi usar os dois sistemas porque as balsas do Alasca não param entre Prince Rupert e Bellingham, e eu queria visitar Hollyhock, perto de Vancouver.
A viagem deveria durar mais ou menos uma semana, com paradas em Sitka e Petersburg. Para evitar despesas, optei por abrir meu saco de dormir nos solários aquecidos dos conveses, como fazem mochileiros e passageiros frequentes.
Reservei quartos nas cidades que pretendia visitar -uma noite no Alaska Ocean View B&B, em Sitka, por US$ 65, e duas no Green Rocks Lodge, no estreito Wrangell, ao sul de Petersburg, por US$ 125 cada, com refeições.
Soava perfeito, embora o planejamento não fosse fácil. São necessárias criatividade para bolar um itinerário com várias paradas e capacidade de resistência para abordar navios às 23h ou às 5h30.
Se conseguir fazer tudo isso, ainda precisará de paciência para reservar sua passagem com o Alaska Marine Highway System (tel. 001-907/465-3941). Duas vezes desliguei após 30 minutos. Depois, optei pelo fax (001-907/277-4829).

Tradução de Clara Allain
LEIA MAIS sobre o Alasca nas págs. 7-18 e 7-19

Texto Anterior: Globalização rouba alma de Buenos Aires
Próximo Texto: 'Guerra' do salmão força novos planos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.