São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 1997
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Crise não faz distinção entre as empresas privadas e as estatais

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise que atinge as Bolsas não fez distinção entre os papéis de empresas privadas e de estatais: nos dois casos, a crise chegou a derrubar pela metade o valor das ações, desde o dia 23, quando a turbulência chegou a Hong Kong.
A maior desvalorização registrada até terça-feira, no caso das empresas de controle privado, foi Lojas Arapuã PN, que caiu 56,5%, segundo levantamento realizado pela consultoria Economática.
O papel da Lojas Arapuã foi, de acordo com o levantamento, o que mais caiu, mesmo quando comparado ao desempenho das estatais.
Já entre as empresas estatais, a maior queda foi a do Banco do Brasil. As ações do tipo PNA da instituição recuaram 49,0%.
Ibovespa
Ontem a queda das ações se acentuou ainda mais, seguindo o movimento de queda generalizada dos principais mercados do mundo. Nenhuma das 51 ações que fazem parte do Ibovespa, índice que reflete a média do desempenho dessas ações, fecharam com alta ontem.
Em alguns casos, a queda chegou a ser muito forte. As ações da Ericsson do tipo PN, empresa que atua no segmento de equipamentos para a indústria de telefonia, fecharam com baixa de 26%.
As ações da Ericsson foi desde o início do ano uma das que mais subiram no mercado de ações de São Paulo, chegando a ganhar no ano mais de 100% por conta do processo de privatização do Sistema Telebrás: a empresa deve se beneficiar com a venda de equipamentos para as empresas que ganharem as concessões.
As ações da Petrobrás Distribuidora também tiveram ontem nova rodada de queda. No final do dia, apresentavam desvalorização de 19% com relação ao fechamento do dia anterior. O papel acumula queda de 52,8% desde o dia 23.

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