São Paulo, sábado, 15 de novembro de 1997
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Brasil ainda derruba ações da Fiat na sede

MAURÍCIO ESPOSITO
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

As ações da Fiat na Bolsa de Milão voltaram a cair ontem, em meio a preocupações dos investidores com o desempenho da empresa no Brasil, um dos principais mercados da montadora fora do continente europeu.
Ontem, as ações da Fiat fecharam o pregão com queda de 1,5% em relação à quinta-feira. A Bolsa de Milão fechou com alta de 0,45%.
Logo após o pregão, a Fiat divulgou o balanço trimestral referente ao período entre julho e setembro.
Nos nove primeiros meses do ano, o lucro bruto da Fiat (antes do pagamentos de impostos) subiu 93%, totalizando aproximadamente US$ 1,9 bilhão.
O bom resultado, segundo apurou a Folha , deveu-se principalmente a incentivos fiscais concedidos pelo governo italiano desde janeiro para a compra de veículos.
As atividades não-estratégicas da Fiat também contribuíram para o aumento do lucro da empresa, além de uma melhora nas margens operacionais.
Os executivos da Fiat no Brasil acompanham de perto o desempenho das ações da matriz na Bolsa de Milão, mas não comentam os resultados.
A perspectiva de retração no mercado brasileiro de veículos está preocupando também as matrizes das principais montadoras norte-americanas.
A General Motors e a Ford Motor, por exemplo, afirmam que estão analisando as ações de resposta às medidas recessivas impostas pelo governo brasileiro na última segunda-feira.
Michael Losh, chefe da área financeira da GM, já informou analistas que a retração no mercado brasileiro prejudicará o faturamento da empresa no Brasil, um dos mercados mais lucrativos.
Há uma expectativa de queda de 15% nas vendas no primeiro semestre do próximo ano.
A Chrysler, até o momento, mantém seu cronograma de investimentos no Brasil, mas está avaliando os efeitos das medidas governamentais. A empresa planeja investir em duas fábricas.
Para o analista Scott Merlis, se as vendas no Brasil caírem 20%, os ganhos das montadoras norte-americanas poderão cair até 15%.
A matriz da Volkswagen, por sua vez, anunciou ontem na Alemanha que pretende comprar a montadora inglesa Rolls-Royce, entrando na disputa com a BMW.
A Rolls-Royce está avaliando em aproximadamente US$ 1 bilhão.

Colaborou Mauricio Esposito, da Reportagem Local

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